"Um bom plano, dá forma as decisões. É por isso que um plano é essencial para tornar realidade aqueles sonhos que escapam de nós."

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

VOCÊ TRABALHARIA PARA UMA MULHER?

Por Adriano Silva – Portal Exame

Tem homem que prefere ter como chefe uma mulher. E outros que não admitem essa

possibilidade. (Há organizações inteiras cuja cultura exclui a chance de

haver mulheres na alta gerência. Em pleno anno domini de 2009!) Tem mulher

que detesta ter outra mulher como chefe. Como é comum em questões de gênero

no país, os maiores preconceitos que já presenciei contra as mulheres advêm

das próprias mulheres. Das donas de casa que foram às ruas apoiar

ostensivamente Doca Street depois de ele ter assassinado Angela Diniz às

moças que sempre imaginam que as barbeiragens são realizadas por outras

mulheres ao volante. (Pois é. Não são só os homens que xingam a Dona Maria

no trânsito. Muito ao contrário. Ainda que na maioria das vezes o culpado

seja um barbado. Ainda que o seguro automotivo seja mais barato quando o

condutor é uma mulher exatamente porque elas se envolvem em menos

acidentes.)

No mundo do trabalho, a visão sexista pressupõe que as mulheres sejam um

tipo diferente de executivo, de chefe, de subordinado, de funcionário só

pelo fato de serem mulheres. Às vezes esse viés é positivo e enaltece as

qualidades femininas à frente dos negócios. Às vezes esse viés é negativo e

derruba de antemão todas as possibilidades das mulheres no jogo corporativo.

Como se o gênero feminino inteiro tivesse jeitos e peculariedades que fossem

só dele, que não fossem compartilhados por mais ninguém nem nesse planeta

nem nos demais, e que não fossem exatamente recomendáveis para posições de

responsabilidade e decisão. A meu ver, ambas as visões são discriminatórias.

E altamente imprecisas.

Há ótimas executivas. E grandes chefes mulheres. E há executivas que são

gerentões dos anos 80, no pior sentido da expressão. Que são chefes brutais,

que maceram os talentos e desestimulam o mundo à sua volta. Há executivas

sensíveis, delicadas, habilidosas, femininas. E há tratores, caminhões pouco

inteligentes e pouco charmosos, carregados com toneladas de insegurança. Há

o toque maternal, as vantagens competitivas de quem nasceu com útero e

mamas. E há mulheres masculinizadas pelo piores parâmetros que os homens têm

a oferecer, com mais sede de sangue do que um general huno, mais perversas e

insidiosas e corrosivas do que qualquer par de cuecas jamais poderá ser.

REFLEXÃO

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um “não”.

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

(por Fernando Pessoa)

CARREIRA EM EVOLUÇÃO

Você é aquela pessoa que percebe a sua carreira como responsabilidade exclusiva da empresa? Acredita que sua ascensão é uma questão de sorte, ou seja, estar no lugar certo na hora certa? Ou assume a responsabilidade pelo seu plano de carreira, prepara-se, tem consciência que pode fazer escolhas e investir por conta própria no seu desenvolvimento?

Evolução

No passado, a carreira de uma pessoa tinha como característica “vida na empresa”, quanto mais tempo você trabalhava na mesma empresa, mais você era remunerado e, normalmente, as possibilidades de ascensão eram verticais. Sendo assim, as empresas eram responsáveis pela carreira dos seus empregados.

Na década de 80, a descrição de cargos vira moda nas grandes empresas com o objetivo de promover planos de carreira aos seus colaboradores. Mas, como nem todos desejavam e tinham aptidão para assumir um cargo de chefia, surge a carreira em Y que dá opção de seguir dois caminhos diferentes, ser promovido para um cargo de chefia ou tornar-se um especialista.

Com a globalização, o advento das novas tecnologias e as mudanças incessantes e constantes que vêm afetando o ambiente empresarial desde a década de 90, surge a necessidade de adaptação a tais fatores por parte das empresas e dos profissionais. Diante disso, o lema vira “empregabilidade”, palavra que vem do inglês Employability e significa o conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que tornam um profissional preparado e importante não apenas para a empresa em que atua, mas para qualquer companhia que tenha a necessidade de contratá-lo.

E hoje?

Atualmente, quem compete no mercado de trabalho investe mais por conta própria na formação, negocia seu talento com mais desenvoltura e assume total responsabilidade pelo seu plano de carreira independentemente da empresa em que trabalha. Esta é a aplicação, na prática, do conceito de carreira sem fronteiras, descrito há alguns anos pelo professor britânico Michael Arthur.

Invista no autoconhecimento

A parte mais importante, desafiante e constante no desenvolvimento profissional é, sem dúvida, conhecer a si mesmo, reconhecer os seus valores e ter clareza dos seus talentos. Caso contrário, pode cair em armadilhas quando se executa um trabalho que demanda pouco dos pontos fortes e muito dos pontos fracos, perder o foco e ter uma visão limitada das possibilidades que surgem devido a uma insegurança de quem não se reconhece.

Explore todas as oportunidades

Boa parte das pessoas, ainda, limita-se a orientar as suas carreiras apenas considerando o organograma e plano de cargos e salários da empresa em que atua. Procure explorar oportunidades dentro e fora da empresa, em busca de tendências e de opções alinhadas com seus objetivos.

Seja estrategista e crie objetivos que dependam de você

É imprescindível ter metas definidas com prazos para serem alcançadas. Porém, tome cuidado ao definir que em 3 anos você tem como objetivo alcançar o cargo X, pois esse é um referencial externo que depende de terceiros e você corre o risco de se frustrar. Sugiro que tenha como objetivo principal algo que dependa única e exclusivamente de você. Responda a pergunta: “Como posso estar mais realizado profissionalmente daqui a 2, 5 ou 10 anos?”. Em seguida, trace objetivos secundários que, neste caso, podem estar relacionados a assumir a liderança da equipe y na empresa A.

Foque na ação para alcançar a realização.

Os objetivos definidos serão possivelmente alcançados quando você traçar um plano de ação consistente. Crie mini metas para serem alcançadas e especifique quais serão os indicadores de sucesso. Para isso, responda a pergunta: Como saberei que estou alcançando meus objetivos na carreira?

Monitore, comemore e mude se for preciso.

Revise, constantemente, o seu plano de carreira verificando se os indicadores de sucesso estão sendo alcançados e, em caso positivo, comemore. Esteja aberto aos resultados e se for preciso mude.